terça-feira, 8 de julho de 2008

Azul luar sobre o asfalto gasto

Azul luar sobre o asfalto gasto. Ruídos de patas e unhas pelo chão imundo, sincronia entre relógio e passos. Somente a solidão do vento compreendia o caminhar acelerado de ser tão solitário. Uma luminescência branca e azul tangia os pelos daquele ser vindo de regiões de ausências. Ninguém o viu. Mas seu hino ancestral ainda hoje é cantado por aqueles que o ouviram gemer de fúria em noites já esquecidas pelo vento...

Um comentário:

Elsa Villon disse...

Toda vez que leio sobre ou vejo fotos de lobos, Hesse me vem a mente.

"Deve haver muitos homens que tenham em si muito de cão ou de raposa, de peixe ou de serpente sem que com isso experimentem maiores dificuldades".

(Hermann Hesse- O Lobo da estepe)


Quer dizer então que sou arteira guri?