Hoje eu acordei sem ovos.
Não vi quiosques.
Não quis ter um dinossauro.
O dia pareceu mais vazio.
Meus supostos ovos matinais são minha dose de otimismo que não quebrei e fritei hoje. Deixei na geladeira com medo de faltar amanhã.
Meus quiosques são meus planos, armados, desarmados, montados e desmontados dentro de minha mente. Tão frágeis que qualquer arrastão é capaz de derrubar.
Meu dinossauro é minha memória, minha lembrança, minha nostalgia. Hoje eu simplesmente não a queria. Poderia guardá-la no fundo do armário porque quebrou seu braço plástico made in China. Largá-la onde não pudesse vê-la por um bom tempo. Porque quando a reencontrasse, a única lembrança seria a lembrança de tê-la guardado.
Dias vazios são apenas dias vazios. São dias sem ovos, quiosques e dinossauros. Dias sem otimismo, sem planos, sem lembranças.
Mas o amanhã garante pelo menos um ovinho de codorna de esperança. Uma banquinha camelô de idéias e um Composognathus de memórias e lembranças...
segunda-feira, 30 de junho de 2008
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Um comentário:
É um dia bom um dia sem tormentas. Até que tudo comece a te atormentar.
vc faz arte, guria..
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