segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ovos de Natal

Não somente a Páscoa traz seus ovos, irônicos e calóricos, de um suposto coelho, que indica nascimento, uma vez que deveria ser ressurreição. O Natal traz ovos.
Para alguns, de merda.
Para outros, de ouro/ dinossauro.

Chega nessa etapa festiva, quiosques são enfestados pelos reféns do capitalismo selvagem, cegos pela suposta oferta de ovos de ouro "com preços abaixo de custo".

Mas sábios como ornitópodes que somos, não nos deixemos levar por enrolação. Nas sábias palavras de Tolkien:

"Nem tudo que é ouro fulgura
Nem todo vagante é vádio
O velho que é forte, perdura
Raíz funda não sofre o frio [...]"

Não é possível comercializar ovos de ouro. É semelhante a poção do amor: balela!
Mas o Natal, pelo menos hoje, prega que por um dia no mundo, podemos dar e receber ovos de ouro à vontade... se pudermos pagar por eles.

Não se compra sorte, não se vende amor, não se fabrica bondade. Isso nasce ou brota, o resto é lorota.

Aos que esperam ovos de ouro: contente-se em não ganhar ovos de merda.
Aos que esperam ovos de merda: almeje os ovos de ouro.

E não compre o ouro dos dinossauros tolos em quiosques asiáticos.

2 comentários:

Anônimo disse...

e o que vc tem contra quiosques asiáticos hein? e se fossem paquistaneses, me diga? han?

Anônimo disse...

ôoo baguio desatualizaaado meu!